“Encantador de Peixe” é um novo musical composto e arranjado por Joyce Whitelaw com libreto em português de Francis Raposo Ferreira. Joyce inclui ainda diversas canções de poemas do poeta e pescador quarteirense, Manual de Brito Pardal “EM CIMA DO MAR SALGADO, e a letra da canção de abertura, “Madrugada” é uma colaboração com a autora algarvia Maria Manuel Valgão, que escreveu a letra. O seu livro “ Vozes Do Mar e Do Peixe ” é uma incrível homenagem ao mar e a história dos pescadores em Portugal.

Encantador de Peixe” é sobre um jovem, Pedro, que cresceu numa pequena vila piscatória portuguesa no início do século XX, quando grande parte da vida se baseava na pesca em pequenos barcos tradicionais de madeira. Pedro aprende com o pai a arte da pesca e o gosto pelo canto. Mas depois de alguns eventos infelizes, o único público para o seu canto são os peixes em mar aberto! Ao Longo dos anos Pedro desenvolve diferentes cantos para atrair vários peixes, Pargo,Carapau, Robalo etc. Seu canto parece atrair peixes e ele faz boas pegadas.No entanto, isso não agrada às pessoas quando a sorte muda e só Pedro traz a captura completa. Os aldeões, principalmente os da terra, desconfiam de Pedro e de sua aparente habilidade em encantar peixes…

Prólogo:

Cena de abertura:

Um velho pescador sentado ao lado de um barril contendo uma garrafa de vinho, uma vela e uma concha. O velho pescador, consertando suas redes, dá sinais de frustração por não conseguir se concentrar no que está fazendo, desistindo, suspira começa a falar :

“Hoje em dia, o único peixe que pega na minha rede são as minhas mãos”.

“Pois bem, há muito tempo, pouco antes da Grande Guerra, existia uma vila piscatória isolada na costa algarvia onde o mar é relativamente calmo. Como a maioria das aldeias isoladas, havia dois tipos de pessoas: as que cuidavam da própria vida e as que cuidavam da vida dos outros. Como em qualquer vila de pescadores havia os povos do mar, os pescadores, e os outros, os povos da terra. Todos nós já ouvimos histórias inventadas por pescadores que nos falam de monstros marinhos e sereias, mas os habitantes da terra também podem invocar os seus próprios monstros.”